Prof. Carlos Alves do Nascimento (A modernização das estruturas produtivas no meio rural brasileiro e seu impacto sobre a agricultura familiar e não familiar e sobre as condições de trabalho dos assalariados agrícolas)

por Portal PPGE IE
Publicado: 03/06/2021 - 01:17
Última modificação: 03/06/2021 - 01:44

O objetivo principal deste projeto de pesquisa consiste em analisar as transformações na organização do trabalho e da produção na agricultura brasileira em geral, mas com particular interesse sobre os agricultores familiares e os assalariados agrícolas. Tais transformações, ao nosso juízo, são decorrentes, por um lado, do efeito da modernização da agricultura (que tem impactos variados, positivos e negativos, sobre a força de trabalho assalariada agrícola e sobre os pequenos produtores familiares), e, de outro lado, do recurso às atividades não agrícolas pelos membros das famílias rurais. Uma das hipóteses principais de trabalho é a de que em decorrência desses elementos apontados, existe uma tendência das famílias rurais de pequenos produtores a abandonarem as atividades agrícolas. Nesse caso, buscar-se-á entender não somente as motivações individuais ou familiares que impulsionaram os membros dessas famílias a recorrer a fontes de renda fora da propriedade, mas também os efeitos da modernização da agricultura e da crescente atração que o mercado de trabalho vem exercendo sobre essas unidades familiares. Além disso, também serão analisadas as razões e as causas que fazem com que um determinado conjunto de unidades familiares resistam a tais mudanças, como é o caso das famílias estritamente agrícolas (não pluriativas), que residem nas mesmas localidades e contam com as mesmas características sociais e culturais das famílias pluriativas. Uma segunda hipótese de pesquisa consiste em que aquelas transformações (derivadas da modernização das estruturas produtivas agrícolas) implicam, por um lado, em eliminação de postos de trabalho assalariado na agricultura, mas, por outro lado, em melhoria das condições de trabalho dos que permanecerem assalariados. Medir-se-á essas condições de trabalho pela construção de um indicador de qualidade do emprego (IQE), assim também como por um indicador das condições materiais de vida (ICV). Todos os aspectos desses estudos/objetivos serão considerados numa perspectiva de desenvolvimento rural (agícola e não agrícola).

Vigência: 01/01/2007 -

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